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domingo, 1 de agosto de 2010

Enquanto Viveu e até Quando Morreu



Hoje me peguei sentindo a sua falta. Saboreei o gosto amargo da saudade e chorei. De repente não mais de tristeza, mas de uma alegria incontrolável que tomava conta de mim. Aquela dor, aquelas lágrimas significavam que eu não havia te esquecido e isso era bom.

Eu jamais quisera te esquecer, quero que você esteja presente em minha vida como sempre esteve. Quero lembrar o teu sorriso, as tuas “ranzinzas”, o teu cheiro, como a casa era completa com você e quero me martirizar por não ter apreciado isso. Quero chorar de tristeza e dor, de alegria e prazer.

No fundo eu sabia que te perderia e te beijei um pouco mais, te abracei sem motivo, te dei mais atenção, ouvi as tuas lamurias, mas foi tão pouco! Tive uma vida contigo e tivesses que perder a tua para eu valorizar a minha, para valorizar os que me rodeiam, para amar e ser amada intensamente.

Deixaste-me grandes lições ao partir. Que não se precisa de um motivo para dizer “EU TE AMO”, para dar abraço e beijo, que é sem sentido não liberar o perdão e brigar por besteira. Que a vida é curta e nós perdemos muito tempo pensando em como vamos vivê-la, que ser feliz não é ter um carro do ano, nem mansões majestosas e contas milionárias, que a verdadeira felicidade está em pequenos gestos de carinho.

Queria encontrar uma forma de te agradecer e pensei que a melhor delas, fosse viver e praticar tudo que me ensinastes, porém foi mesquinho e egoísta demais. Percebi que não querias que eu fosse feliz sozinha, mas querias que eu compartilhasse. E sabe de uma coisa? A felicidade foi bem maior. Nada melhor que ver quem você ama de bem com a vida. Obrigada por viver e fazer tão feliz a minha vida, e ainda obrigada por morrer e me deixar tão grandes ensinamentos.

Bruna Ramos

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