Há
um tempo eu vivia quase feliz. Sorrisos pela metade, meia dúzia de amores tão
vazios. Parecia não haver ninguém que me fizesse sentir plenitude. Não queria
amor perfeito, mas amor pleno que me sacia-se
ao mesmo tempo que me fizesse querer mais, cada dia mais.
Eu
era insatisfeita. Nada me encantava, me seduzia, me atraía. Eu sempre tão
apaixonada pela vida, não consegui me apaixonar pelos viventes. Era solitária
de alma, sendo cercada por tantas pessoas. Não que eu não fosse amada. O
problema era esse: eu era! Mas me faltava aquele tipo de amor arrebatador,
aquele que rouba você de si mesma, sabe?
Então
você sorriu. Com os lábios. Com os
olhos. Todo você era sorriso. E eu sorri de volta. Porque o amor é simples e
despreocupado e eu sabia que ele estava naquela calmaria. Foi tão diferente do
esperado. Tão melhor. Tão infinitamente mais. Tão pleno. Tinha que ser você.
Bruna Ramos
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