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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Ciclo Vital


Estou farta desse ciclo tedioso que a vida às vezes entra, fazendo dos planos algo cada vez mais futurístico e do presente um vício que não se consegue largar. Estou cansada de nadar contra a correnteza e tentar desesperadamente quebrar o ciclo – o maldito ciclo!

Vez ou outra entro em um estado de completo torpor e é quando vivo melhor. Ou será que não vivo? Pode-se chamar de viver esse período tão inanimado? Porém quando estou em pleno estado de vigília e jorram rios sem fim da minha alma, sinto-me em um eterno marasmo e duvido se a vida realmente tem um sentido.

Para muitos a felicidade é comparada às estrelas brilhando na imensa escuridão do céu. Esse é o problema! Se as estrelas representam a felicidade, o espaço negro entre elas significa o quê? Tristeza? Dor? Angústia? Se a imensidão negra é infinitamente maior que o número de estrelas que abriga, onde está o equilíbrio que tanto procuramos?

Desisto! Se a vida tiver de sair dos trilhos da rotina, ela sairá por si só! Algo bom vai acontecer – estrelas vão brilhar nessa escuridão – a vida trará o que tiver de melhor para mim, mas quando e como ela quiser. Pois não se escreve a própria história, fazemos apenas trechos com as palavras que o destino nos proporciona.

Bruna Ramos

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