Os
planos existentes já não cabem mais em mim, apertam os meus pés de modo que já
não posso caminhar direito. É preciso renovar os sonhos ou talvez os
personagens, não estou certa do que exatamente, mas sei que é preciso. Difícil
é começar uma jornada sem saber de que ponto partir, o que levar na mala e o
que levar apenas na lembrança.
Talvez
seja o medo de me desfazer das coisas ou de agregar outras novas, mas algo me
prende aqui e isso está a me corroer. É preciso ter coragem para seguir em
frente e mais ainda, ter força de vontade para não olhar atrás. O passado
compõe o que somos hoje, devemos ser gratos pelo bem - ou mal – que ele nos
fez, mas nunca devemos ser escravos e aí está a questão.
Será
a escravidão do passado que está a prender tantos na eterna rotina da
infelicidade? Será mesmo os sentimentos que nos prendem? Mas de que sentimento
estamos falando, o amor ou o medo? Ou pior ainda, o conformismo? Que eu nunca
me acostume com um estilo “mais-ou-menos” de viver, onde essa gangorra pende
sempre para o lado “menos” de ser. Menos espontânea. Menos sorridente. Menos
feliz. Quero uma vida “mais”, uma vida nova. Um renovo. Re-novo. De novo.
Sempre que eu precisar.
Bruna Ramos
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